quarta-feira, 4 de junho de 2008

Os novos consumidores e a nova publicidade


A mudança na forma como se consome mídia está transformando a estratégia de comunicação das marcas.
Atualmente as palavras de ordem do novo marketing são envolvimento, co-participação e interação com os consumidores.
Os consumidores estão cansados da publicidade tradicional. Com maior informação à disposição, e por via das novas tecnologias, os consumidores tornaram-se participativos, críticos e cada vez mais pró-ativos na relação estabelecida com as marcas. Mas, num cenário onde os consumos de mídia estão a ser deslocados para as plataformas digitais, onde as novas gerações procuram, criam e partilham conteúdos, ainda não existe da parte das agências de publicidade a capacidade para acompanhar uma tendência em que os consumidores recusaram definitivamente, o papel de meros figurantes em todo o processo de comunicação de marcas.
O consumidor utiliza mais as novas tecnologias ao seu processo de relação do que a própria agência de publicidade.
As agencias possuem uma incapacidade para se adaptar a uma realidade mais democrática na circulação da informação.
Em um palco onde as novas tecnologias ocupam um papel cada vez mais relevante no quotidiano dos consumidores, seja através do uso da internet ou através do acesso a conteúdos móveis através do celular ou PDA, foram precisamente as agências de meios, que conseguiram absorver e perceber melhor estas mudanças.
Não há numa agência de meios o preconceito que há numa agência de publicidade, que tem uma mentalidade pequena e padronizada.
A agência de publicidade é menos "open mind" do que uma agência de meios e a principal razão é porque o grosso do dinheiro passa por ela.
A complexidade exigida pelas novas mídias para criar soluções criativas de qualidade para os clientes também contribui para que as agências de publicidade ainda ofereçam alguma resistência na inclusão deste tipo de plataformas nas soluções de comunicação que oferecem aos anunciantes. No entanto, esse é apenas um aspecto de uma realidade mais complexa, já que o investimento nos meios tradicionais implica menos riscos, quer para anunciantes, quer para agências. Exige mais esforço, é um caminho mais difícil, porque requer mais experimentalismo. Quando se tem um negócio e as coisas estão a correr bem as agências não mudam.
O modelo de negócio das agências e da publicidade no geral assenta na sua capacidade de compreender o consumidor e as marcas e de saber criar e propor formas de os aproximar. Se o modo como as pessoas acedem à informação e ao entretenimento muda e se a forma de o partilharem também, as marcas têm de saber ‘mover’ para esse novo mundo à vontade. Esse é o papel da publicidade, vender o que o consumidor deseja e quer consumir, da forma mais democrática possível.


Um comentário:

Alvarêz1 disse...

esse post foi feito por Heron Dias

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